Aos moradores da QNR que saíram às ruas para impedir a construção de um cemitério na porta de suas casas, os parabéns e um alerta: a primeira vez que escrevi sobre o assunto foi em 2008. De lá para cá, se algum político da cidade tratou deste tema, isto nunca veio a público.
Agora que o GDF resolveu acatar o desejo dos moradores que se mobilizaram para fazer valer seus direitos, começam a aparecer os oportunistas de sempre querendo fazer crer que essa vitória é resultado do esforço deles. Não é, não.
O mérito é todo da população, que soube discernir entre o que lhe é benéfico ou não, e do próprio GDF, que teve o bom senso de reconhecer isto.
E não esqueçam: estamos no DF e por aqui nem tudo é o que parece. Há sempre interesses inconfessáveis por trás das melhores intenções.
Os mesmos oportunistas que tentam agora faturar em cima de uma vitória que é de vocês já começam a defender que os 30 hectares onde ficaria o cemitério sejam usados para expandir o Setor de Indústrias de Ceilândia, “para gerar empregos”.
Não se iludam. O que essa gente quer mesmo é criar um novo Pró-DF no local e faturar 200 mil reais ou mais de propina em cada lote, como vinha acontecendo até recentemente em outras áreas do DF.
Ceilândia já está saturada. Assim como não resta na cidade nenhuma área adequada para a construção de cemitérios, também não há mais espaço disponível para erguer galpões ou, na melhor das hipóteses, novas moradias.
A cidade cedeu o que tinha de áreas verdes para a construção da Nova QNL (Chaparral) e dos condomínios entre o Setor P Norte e P Sul. Não sobrou praticamente nada.
A zona urbana de Ceilândia hoje é só asfalto (ou lama e poeira) e concreto.
Pensem nisso.
Fonte: Ceilândia.com
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