sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Protesto contra demolição de escola

A decisão judicial que prevê a derrubada do Centro de Ensino Médio 07 (CEM 07) de Ceilândia para a construção de um novo prédio é motivo de um protesto que reúne, segundo a direção da escola, cerca de 300 pessoas em Ceilândia esta manhã. Desde as 9h desta sexta-feira (26/11), professores, pais, alunos e a comunidade local fazem uma manifestação em frente à instituição para chamar a atenção da sociedade sobre a importância de se evitar a demolição.

Em 2005, a comunidade pediu à Secretaria de Educação (SEDF) que uma escola nova fosse construída no lugar da atual. Com isso, uma autorização foi solicitada à 3° Vara de Fazenda Pública, que decidiu, em 2009, acatar o pedido. No entanto, segundo informa a assessoria de imprensa da SEDF, agora a própria comunidade resolveu pedir apenas uma reforma, e não a total reconstrução do CEM 07.

Segundo o diretor da escola, Firmino Neto, os maiores prejudicados com a derrubada serão os alunos. "A decisão força o deslocamento deles para outras escolas. Mas é muita gente, e se o quadro atual já prevê falta de vagas, imagina com esses milhares de alunos buscando espaço deixado pelo CEM 07", diz. Atualmente a escola atende 2,7 mil alunos de Ensino Fundamental, Médio, Supletivo e Especial nos três turnos. No entanto, a decisão judicial prevê que a SEDF forneça transporte escolar para todos os alunos, independentemente de onde eles forem matriculados.

O protesto segue pacífico na rua da escola, e o objetivo é apresentar novas alternativas para evitar a demolição. "Temos uma área muito grande ao lado de nossa escola, onde poderia ser erguido o novo prédio ao mesmo tempo em que as aulas continuam aqui. Reconhecemos que temos problemas estruturais, mas uma reforma temporária enquanto a nova escola é erguida para nós é a melhor saída. O que não queremos é ficar sem nada", frisa o diretor. O protesto deve durar a manhã inteira, mas não tem horário para acabar.

A SEDF informou que já entrou com o pedido de suspensão da decisão na Justiça, e agora aguarda a resposta para definir as próximas ações.



Fonte: Correio Braziliense

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