quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Erro na hora de engessar braço

Guilherme Dias, de 14 anos, deu entrada no Hospital de Ceilândia por volta da 1h da manhã do dia 26 de outubro após cair de uma cama beliche. O raio-X mostra que ele teve um osso do braço quebrado. De acordo com o pai do menino, Roberto Dias, o médico pediu para que engessassem Guilherme sem colocar o osso de volta no lugar.

“Notei que o braço dele estava torto, comentei isso com a moça que estava fazendo o processo do gesso e ela automaticamente falou que estava tudo correto”, relata Roberto. Seis dias depois, Guilherme se queixou de muitas dores e, ao voltar ao hospital, um novo exame de raio-X mostrou que o osso havia sido posicionado no local errado.

“Ele precisa agora fazer uma cirurgia e a gente precisa esperar de 15 a 30 dias. Ele está jogado em um corredor, com um contêiner de lixo ao lado, em uma situação precária. Uma coisa que tinha como se resolver na hora se agravou bastante”, lamenta o pai do rapaz.

A equipe de plantão do Hospital de Ceilândia afirmou que não poderia dar uma explicação sobre o caso nesta terça-feira (2) por conta do feriado. O DFTV voltou ao hospital hoje e, a direção do hospital não quis gravar entrevista. Em nota, a regional de Saúde de Ceilândia afirmou que, conforme o quadro clínico do garoto, não houve negligência.

Guilherme continua internado, aguardando a cirurgia para reparar o osso mal posicionado, mas ainda não se sabe quando o procedimento será feito.





No mês passado, Igor, de dez anos, ficou com o braço torto após ser atendido pela ortopedia do Hospital de Ceilândia. A avó do menino conta que uma cirurgia chegou a ser marcada, mas foi suspensa. Inconformada, ela procurou o Hospital de Base, que encaminhou o menino novamente para Ceilândia.

Igor foi reavaliado por uma equipe de ortopedistas, que decidiu que o caso não precisa de cirurgia porque ossos quebrados em crianças em fase de crescimento se recuperam naturalmente e tem um alto potencial de remodelagem.

A Defensoria Pública do DF informou que casos como o de Igor e o de Guilherme podem ser indenizados. A família deve procurar um dos 26 núcleos da Defensoria. Para saber qual o posto de atendimento mais perto de sua casa acesse a página da Defensoria.

A pessoa deve levar um laudo médico que comprove a falha no atendimento e a documentação que comprove o hospital onde o atendimento foi prestado.



Fonte: Rede Globo

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