quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Opinião: Voto em Ceilândia

Ceilândia é uma síntese de um Brasil multifacetado, é um caldeirão de pluralidade cultural. Maior aglomerado urbano do Distrito Federal. Cidade que mais cresce dentre as trinta outras do DF. Diante de todas estas qualificações ainda engatinha na percepção da necessidade de ligar os elos de sustentação econômico, social e político para o crescimento sustentável de sua gente. É majoritariamente o maior colégio eleitoral do DF – força que já poderia ter proporcionado ao ceilandense a almejada libertação dos “obscuros” objetivos da Campanha de Erradicação de Invações (CEI) para a pujante Lândia (cidade próspera).

Quando se trata de atuação política nas eleições de 2010, Ceilândia teve um vasto leque de candidaturas para deputados distritais e federais bem variado e ideologicamente diverso. Para exemplificar a listas temos Chico Vigilante, nascido em Vitorino Freire, no Maranhão. Chico Vigilante é o retrato de milhares de nordestinos que deixaram a terra natal em busca de dias melhores e que se estabelecem em Ceilândia. Cita-se este perfil para exemplificar a gênese política da cidade, não esquecendo que Ceilândia já oportunizou mandatos completos ou suplências no legislativo local a outros valorosos ceilandenses como Eurípides Camargo, Fernando Naves, Ilton Mendes, Valter e Luzia de Paula.

Em 2010, temos uma variada lista de concorrentes a distrital e federal em Ceilândia. O aprendizado que nasce desse processo nos leva a conclusão de que estudos precisam ser feitos para entender a mística do voto em Ceilândia, mística entendida com a subjetividade com que o voto é compreendido pelo eleitor. Há que se estudar a metodologia de comunicação das propostas para solução dos problemas econômicos, sociais e políticos vividos pelo eleitor. Identifica-se, a falta de estratégia para comunicar a importância do mandato de deputado para o encaminhamento dos problemas urgentes como um ser que pensa e raciocina, há que se entender as razões da sua ação, acertada ou não, proclamada nas urnas.


Clemilton Saraiva
Secretaria da Associação Comercial, Empresarial e Industrial de Ceilândia – ACIC-DF.


Fonte: Clemilton Saraiva, por e-mail, e Jornal de Brasília

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