quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Possível truculência no Centro

Às vésperas de completar um ano como Governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) vem enfrentando uma enxurrada de denúncias de corrupção relativas ao período em que chefiou o Ministério dos Esportes e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), durante o governo Lula.

Para piorar ainda mais a situação, movimentos grevistas em áreas sensíveis, como a da Segurança, têm contribuído para tornar ainda mais instável o ambiente político da Capital.

Era de se esperar que, diante de um quadro tão delicado, as forças de sustentação ao governador buscassem formas de melhorar sua imagem oferecendo à sociedade respostas convincentes e ações concretas e inovadoras para tirar o governo do estado de imobilidade em que se encontra.

Aparentemente, não é o que está acontecendo. Grupos da base de apoio ao governador vêm dando mostras de haver optado por trilhar o caminho mais perigoso e contraproducente: o do confronto e da truculência.

Na manhã do último sábado (26), 25 militantes do Partido da Solidariedade (PSOL) faziam panfletagem no centro de Ceilândia quando, segundo a direção do Partido, foram cercados por um grupo de cerca de cem militantes do Partido dos Trabalhadores (PT).

Os militantes do PT teriam, segundo a narrativa dos manifestantes presentes, reagido com gritos, empurrões, xingamentos e ameaças, na tentativa de impedir que o grupo entregasse à população panfletos em que se informava sobre as acusações que pesam sobre o chefe do Executivo, amplamente veiculadas pelas principais revistas e jornais do país.

Mesmo ante o constrangimento e a violência, os manifestantes do PSOL dizem haver cumprido sua missão. Apesar de numericamente estarem em desvantagem, teriam contado com apoio popular e, assim, puderam circular pelas lojas e ruas de Ceilândia, distribuindo o material de divulgação.

Segundo os organizadores da manifestação, populares, comerciários, comerciantes, ambulantes e feirantes manifestaram apoio ao evento e repulsa à demonstração de intolerância e violência de parte dos militantes do PT, que tentavam a todo custo impedir um direito constitucional e legal de livre manifestação.

A direção do PSO diz haver identificado entre os agressores, todos uniformizados com camisas vermelhas com a estrela do PT, sindicalistas e ocupantes de cargos comissionados na Administração Regional de Ceilândia.

Os agressores, segundo os manifestantes, obedeciam ordens diretas da cúpula petista na cidade. Incitados e orientados por esses dirigentes, os petistas avançavam sobre os militantes do PSOL, arrancando violentamente os panfletos de suas mãos.

Diante da gravidade dos acontecimentos, o PSOL-DF convocou reunião extraordinária da Executiva Regional do Partido para definir que medidas adotar.

Contactada por e-mail, a Assessoria de Comunicação Social da Administração de Ceilândia não se manifestou sobre o assunto.



Fonte: Ceilândia.com

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