sábado, 19 de novembro de 2011

Novo Centro Administrativo é visto positivamente, mas gera dúvidas

A construção do novo Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal em Taguatinga preocupa moradores e trabalhadores da região. Um dos temores é com o trânsito que deverá ficar mais intenso. Além disso, os mais antigos já sentem saudade da antiga Rodoviária, desativada para dar lugar à nova estrutura.

Quem mora na região diz até aprovar a ideia, mas confessa estar ansioso. “A vinda do governo para cá traz benefícios, e isso ninguém pode negar, mas será que estão pensando na infraestrutura? O trânsito vai piorar muito”, observa o comerciante Pedro Antônio.

Para aqueles que trabalhavam na Rodoviária a preocupação é outra. “A gente sente, porque tem muitos anos que trabalha aqui, mas acredito que com a nova, podemos melhorar as vendas”, opina o comerciante Natan Borges. Ele avalia, ainda, que o Centro Administrativo trará mais segurança para a região.

A localização da nova Rodoviária, que recebe diariamente cerca de 50 ônibus interestaduais e 200 coletivos urbanos, deve ser nas proximidades do Estádio Serejão. O problema é que a estrutura será provisória e não há previsão para a construção da instalação definitiva.

De acordo com o administrador de Taguatinga, Carlos Alberto Jales, as obras do Centro Administrativo podem começar no final deste mês. Com a construção, o GDF pretende reduzir gastos com aluguel e facilitar o trabalho da administração pública. Tapumes já estão sendo colocados em volta da Rodoviária de Taguatinga e os trabalhadores, aos poucos, começam a ser remanejados.

O projeto prevê a construção do novo Centro Administrativo do GDF em uma área de 198 mil metros quadrados, próxima à estação 22 do metrô, ao lado do Estádio Serejão, , próximo aos acessos a Ceilândia e Samamabia. “O governo deve estar perto do povo. Aqui, todos poderão ver de perto a nossa realidade. É muito mais justo”, afirma a operadora de fotocopiadora Fernanda Barbosa de Oliveira.

A decisão do GDF de construir a nova sede naquele local foi determinada para desafogar o centro de Brasília. Além disso, integra parte da linha verde e 60% dos servidores do governo reside naquela cidade, em Ceilândia e em Samambaia.



As obras serão realizadas por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) onde a iniciativa privada arca com o custo da obra, que deve ser concluída em dois anos, após seu início. O consórcio responsável pelo novo Centro Administrativo é o Centrad, formado pela Via Engenharia e a Odebrecht. Deverão ser investidos R$ 480 milhões para construir 15 prédios. As empresas ainda serão responsáveis por toda a manutenção e operação dos edifícios.

A expectativa do governo é que cerca de R$ 12,7 milhões sejam economizados com aluguel. No primeiro ano – prazo de entrega de sete prédios – o GDF vai pagar R$ 4,4 milhões mensais. Doze meses depois, quando o complexo estiver concluído, o valor passa para R$ 14 milhões, a serem pagos durante 20 anos. No fim deste prazo o prédio será do governo.



Fonte: ClicaBrasília

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