quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Uma feira onde tem de tudo um pouco

A Feira Central de Ceilândia é considerada um dos maiores destaques da cultura nordestina fora da região Nordeste. Ao redor das suas bancas trabalham e transitam famílias inteiras, que vieram para a capital do País em busca de melhores condições de vida e aqui permaneceram, criaram raízes e conseguiram extrair a felicidade.
 
Inaugurada oficialmente em 1984, a Feira Central da Ceilândia, ao longo dos anos, se tornou um símbolo cultural e turístico da cidade que lhe dá o nome. A feira, na verdade, começou a funcionar ainda no início da década de 70, mas em três pontos diferentes (no centro de Ceilândia; no lugar onde hoje fica a Feira da Guariroba/P Sul e na extinta Vila do Pedrosa, na região norte da cidade) até que os feirantes conseguiram se organizar no centro da cidade. Durante quase dez anos eles trabalharam de forma precária, até que em 1982 se iniciou a construção do que é hoje um dos principais pontos turísticos de Ceilândia.

Um dos pioneiros foi Francisco Nogueira França, ou simplesmente França. Administrador da feira há 20 anos (reeleito sete vezes), ele conta que, no início, eram menos de cem bancas, que vendiam confecções, temperos e animais vivos e abatidos, além de comidas típicas. Ao longo dos quase 30 anos de existência (são 28 anos, organizados com a mesma estrutura de hoje), os comerciantes puderam acompanhar o crescimento do fluxo de vendas e, a partir daí, sonhar com dias melhores, não só para suas finanças, mas para seus familiares. Hoje, a Feira Central conta com 463 bancas, que vendem confecções, bolsas, sapatos, utensílios para o lar, queijos, doces, ervas, tabaco, temperos, carnes, peixes, verduras e frutas.

França conseguiu tirar na feira o necessário para propiciar qualidade de vida a seus filhos. Ele conta que quando chegou a Brasília do interior do Ceará, ainda jovem, trabalhou de segunda-feira a sábado na construção da Feira de Ceilândia. Aos domingos montava sua banca de confecções, a poucos metros da obra. Com o aumento da clientela, percebeu que era possível viver apenas da venda de seus produtos. Quatro de seus cinco filhos são formados.


Fonte: ClicaBrasília e Jornal de Brasília

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