terça-feira, 10 de junho de 2008

O problema das marquises

Passear olhando para cima, com medo que o teto desabe? É assim não só no Plano Piloto como em várias cidades do DF. Taguatinga e Ceilândia são exemplos.

As barras de ferro que escoram a marquise de um bar no Plano Piloto resultam da fiscalização realizada no fim do mês passado. Em uma outra marquise, o risco de desabamento era evidente. Somente depois de ser notificado é que o dono providenciou um reforço. “Contratei um engenheiro automaticamente. Ele veio e falou o que eu deveria fazer”, afirmou o comerciante Gilberto de Barros.

Só na M Norte, em Taguatinga, 28 prédios foram notificados por má conservação das marquises. Nesses casos, a culpa é do proprietário que não fez a manutenção. O engenheiro fica responsável pela obra apenas nos cinco primeiros anos.

“O engenheiro é responsável pela construção nova durante o prazo de cinco anos, desde que a obra não tenha alteração alguma. A partir daí, essa manutenção é do proprietário e ele responde por isso”, explicou o coordenador especial de engenharia civil do Crea-DF, Izídio Santos.

O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) também fiscaliza as construções para impedir que sejam feitas sem o acompanhamento de um profissional. Segundo o major Vicente, da Defesa Civil, os casos são comuns porque os proprietários não contratam profissionais para avaliar a situação das marquises e do estado de conservação das edificações.

“O engenheiro ou arquiteto é que vão indicar a melhor forma de fazer o conserto. A partir daí são contratados profissionais auxiliares para fazer a manutenção. Se ocorrer algum problema nessa fase, a responsabilidade é do engenheiro, que dever fazer o acompanhamento técnico”, informou o major.

Ele esclareceu também que o dono do imóvel alugado é responsável pela manutenção e pelo conserto da edificação. “A legislação diz que a responsabilidade de manutenção cai sempre sobre o proprietário”, acrescentou.



A população também pode ajudar a evitar acidentes. Basta ligar para a administração da cidade e denunciar a situação precária de uma marquise ou de uma construção irregular. Os fiscais da administração notificam o proprietário e exigem o conserto ou a demolição da obra.



Realmente Ceilândia também não está fora da possibilidade de desabamento de marquises antigas.

Fonte: Rede Globo

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