sexta-feira, 14 de março de 2008

Memórias de Sônia Faustino


Policiais da 23ª Delegacia de Polícia - Setor P. Sul de Ceilândia - prenderam na noite dessa quarta-feira, próximo ao Estádio Serejão, em Taguatinga, Welerson Sousa Silva, 31 anos, conhecido como "Galeguinho". Ele é acusado de atropelar Sônia de Sousa Faustino, no dia 24 de novembro do ano passado. A vítima era aposentada e bastante conhecida dos moradores de Ceilândia. Na época, Sônia tinha participado de um filme exibido durante o Festival de Cinema de Brasília.
O autor tem pelo menos nove passagens pela polícia, acusado de crimes diversos. Na última condenação (onze anos de prisão), por assalto à mão armada, "Galeguinho" ficou preso pelo período de seis anos, recebendo o direito do benefício de prisão condicional. A última prisão do acusado foi realizada pela equipe do delegado-chefe da 23ª DP, Vicente Francimar de Oliveira Júnior. Os policiais prenderam "Galeguinho" durante investigação de um crime de tentativa de latrocínio, na QNN22, quando abordaram o veículo suspeito, o qual era conduzido pelo autuado.
Levado à DP para averiguação, a polícia constatou que "Galeguinho" tinha um mandado de prisão em aberto, referente a uma ocorrência de homicídio registrada pela 19ª DP no P. Norte. A denúncia consta que Welerson atirou seu carro, propositadamente, contra Sônia de Sousa, que acabou morrendo. Na manhã de ontem, o acusado foi recambiado para a 19ª DP onde foi inquirido pelo delegado-chefe daquela delegacia, Raimundo Vanderly Alves de Melo.
Lá, Welerson contou sua versão do ocorrido no dia do atropelamento. Ele disse que sua mãe é dona de um imóvel alugado para o filho de Sônia. O rapaz foi identificado como Pedro, e sempre se escondia para não saldar a dívida. "Naquele dia saímos para buscar o dinheiro. Foi quando houve uma discussão com Sônia. Em dado momento Pedro apareceu com uma faca e tentou me furar. Entrei no carro e saí de marcha ré. Nisso, a dona Sônia ia passando por trás do veículo e não tive como evitar o atropelamento. Tudo não passou de um acidente, eu não tive a intenção de cometer o crime", disse "Galeguinho".
Na ocasião, a mãe de "Galeguinho", Leny da Consolação de Sousa Silva, 56 anos, também foi autuada por co-autoria, porém negou qualquer participação no atropelamento. Leny foi acusada de encorajar o filho a cometer o atropelamento. O veículo passou por cima de Sônia, que sofreu traumatismo craniano e no tórax, além de outros ferimentos.
Perguntado o porquê de não ter procurado a polícia, "Galeguinho" respondeu: "como estava em prisão condicional fiquei com medo de ser detido naquele dia, por não ter prestado socorro à vítima". O acusado revelou ainda, que após o atropelamento, trabalhou com lotação em cidades do entorno, dormindo em postos de gasolina e em pensões.


Fonte: Tribuna do Brasil, Jornal de Brasília, Correio Web, Rede Globo, Jornal Coletivo e Record DF exibido em 13/03/08.

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